quinta-feira, 22 de abril de 2010

AS FLORES DO SOLO CALVINISTA

Rev. Antonio Costa

O calvinismo é caracterizado por -cinco doutrinas- que lhe são peculiares, e não fazem parte, portanto, dos demais sistemas teológicos:

1. Depravação total. O ser humano perdeu a liberdade de por si mesmo escolher a Deus e a Sua verdade. Ele é livre para fazer o que quer fazer, mas jamais o seu querer o conduz a amar e servir a Deus.

2. Eleição incondicional. Deus elege o ser humano para a salvação por meio do seu decreto soberano, e não em razão da sua presciência. Ele predestina, não por saber de antemão que alguém, por puro acaso, nasceu propenso à salvação -mas, por causa do seu livre amor e soberania.

3. Expiação limitada. Cristo morreu pela igreja e não por todos os homens. Sua morte assegurou a salvação para os seus eleitos.

4. Graça irresistível. Quando o Espírito Santo age no coração de um homem, com base no decreto da predestinação para a salvação, seu coração é livre e irresistivelmente transformado pela graça de Deus para a salvação. Quando Deus decide salvar, salva.

5. Perseverança dos santos. Nenhum eleito e regenerado pela graça, cai do estado de salvação. Resumidamente: uma vez salvo, salvo para sempre.

O calvinismo é muito mais do que isso. Contudo, do ponto de vista doutrinário, essas são as doutrinas que separam a fé reformada (calvinismo) dos demais sistemas doutrinários. Esses cinco pontos são essenciais? Não. Dá para ser cristão sem eles. Estou certo, no entanto, de que nenhum sistema teológico -é capaz de produzir na mesma extensão-, os frutos que o calvinismo produz. Quais frutos?

Primeiro, humildade. A salvação é obra da graça do início ao fim. Não há espaço para mérito humano.

Segundo, segurança. O crente olha para o seu passado, e contempla um amor eterno o predestinando; olha para o presente, e vê o poder do Espírito Santo o sustentando com base num decreto eterno; e, olha para o futuro, e vê como certa sua entrada no reino de Deus, porque uma promessa lhe foi feita -com base numa afeição eterna-: "aquele que começou a boa obra em vós, há de completá-la até ao dia de Cristo".

Terceiro, gratidão. Qual sistema teológico pode produzir mais louvor do que o calvinismo? Ele ensina que a salvação do crente resulta de um amor antigo, que levou Deus a usar de misericórdia para redimir -aquele que não podia fazer nada para se salvar-, pois o homem sem Cristo não está meio morto, está morto.

Há flores que só nascem em solo calvinista.

Antonio C. Costa

formspring.me/antoniocosta

sábado, 3 de abril de 2010

Por que a menção adorar “o Pai”?

"Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai." João 4:21

Ao invés de onde nós adoramos Jesus, foque em quem nós adoramos e como o adoramos. Note a referência ao “Pai” no fim do versículo 21: “... a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis ao Pai.” Ela não disse isso. Ele disse. Por quê? Por que não dizer, “Deus” ou “o Senhor” ou alguma outra designação? Por que “o Pai”? – Você não irá adorar “o Pai” em qualquer um desses montes.

1) Deus é “o Pai” dos Samaritanos

Três razões. Primeiro ele usa isso para relacionar à referência dela aos pais samaritanos, e dessa forma atrair sua atenção ao único Pai importante. Ela disse no verso 20: “Nossos pais adoraram neste monte”. E ela já havia perguntado no verso 12: “És tu, porventura, maior do que Jacó, o nosso pai?” (João 4:12). Então, ela está muito focada nas superficialidades do local e da tradição. Os pais se mostram muito significantes em sua mente.

Jesus muda o foco. Ele não diz: “Bem, os verdadeiros pais Judeus adoravam em Jerusalém.” Ele diz: “há um Pai com quem você deveria se preocupar, chamado ‘O Pai’ – o Pai que almeja ser adorado, mas não em algum lugar particular.”

2) Deus é “o Pai” das crianças que O recebem

Segundo, ao dizer que quem deve ser adorado é “o Pai”, ele indica à mulher o fato de que Deus tem filhos. Não há coisa tal como um pai que não possui filhos. Conceber filhos é o que faz de você um pai. Então, quando Jesus diz que o único a ser adorado é “o Pai”, ele levanta a questão de quem seriam os seus filhos.
A resposta já foi dada em João 1:12: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus,...”. Aqueles que recebem Jesus são os filhos de Deus. Deus é um Pai àqueles que nasceram de novo e acreditam em Jesus. Então Jesus a está despertando para a verdade de que quando se vai adorar, lugar não é o importante, mas sim se você tem Deus como seu Pai, isto é, se você nasceu de novo e acredita em Seu Filho.

3) Deus é “o Pai” do Filho, Jesus Cristo

E isso leva à terceira resposta ao por que ele se refere a Deus como “o Pai” ao final do versículo 21. Isso traz à mente – para nós pelo menos – que “o Pai” tem um único Filho que é “o Filho”. Os dois termos são usados juntos com tanta frequência, é difícil não ouvi-los aqui:

“O Pai ama ao Filho.” (João 3:35).
“O quer que faça o Pai, fará igual o Filho.” (João 5:19).
“E o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo julgamento.” (João 5:22).
“Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou.” (João 5:23).
“Assim como o Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo.” (João 5:26).
“A fim de que o Pai seja glorificado no Filho.” (João 14:13).

O único a ser adorado é “o Pai”. Aquela mulher estava lidando com “o Filho”. E nós veremos que: Sua presença é mais importante na adoração do que em qual monte você está, ou em qual cidade você está.

Por John Piper. © Desiring God. Website: desiringGod.org
Original: Not in This or That Mount, but in Spirit and Truth
Tradução: Equipe Voltemos ao Evangelho

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Matt Chandler - Desviados

Este vídeo é realmente muito bom, Deus seja louvado, por sempre nos mostrar os nossos erros!


Preciso de Cristo e não apenas do que ele pode dar

Muitos americanos antropocêntricos que têm definido o amor de Cristo como sua alta consideração por eles, e não como a ajuda para que eles tenham alta consideração por Ele, gritariam a Jesus nessa situação: eu não me importo com seu poder se aperfeiçoando, eu me importo em não ser ferido por esse espinho!
Oh, como precisamos ajudar as pessoas a verem que Cristo, não o conforto, é o tesouro eterno e que tudo satisfaz. Portanto, concluo que exaltar a supremacia de Deus em todas as coisas, e estar desejoso de sofrer pacientemente para ajudar a ver e provar esta supremacia são a essência do amor. É a essência do amor de Deus. E é a essência do seu amor. Porque a supremacia da glória de Deus é a fonte e a soma de toda alegria completa e imperecível.

John Piper